Superalimentos para cá, superimpacto para lá

Superalimentos para cá, superimpacto para lá
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Por Alimentação Saudável - 09 de março de 2016


Olha que curioso: o consumo de superalimentos como goji berry e quinoa pode não trazer os mil e um impactos benéficos prometidos, como emagrecer e prevenir o câncer. Mas ele tem impacto certeiro nas comunidades da região onde o superalimento da vez é cultivado. E não é um bom impacto.

Semana dos Superalimentos no blog ‘Alimentação Saudável – de verdade’: por que você não deve apostar todas as fichas no superingrediente da moda

Quando esses alimentos entram na moda – sob fogos de artifício, honrarias e fanfarra –, há um boom de demanda e a lei da oferta e da procura força a um aumento nos preços, inclusive na região de origem.

Foi o que aconteceu em comunidades do Peru e da Bolívia, que consumiam quinoa como parte da dieta regular – um hábito cultural, portanto. A produção do grão foi praticamente toda destinada à exportação e obrigou os locais a deixarem de comprar o alimento, cada vez mais caro. A alternativa encontrada por muitos dos afetados foi recorrer a alimentos do tipo "junk food".

Já pensou se a nossa tapioca virar caviar?

Amanhã tem mais sobre impactos: o da alimentação realmente saudável no seu bolso. E é bom.